quinta-feira, 24 de junho de 2010



Fracasso italiano na Copa envolve vovôs, lesões e a Inter de Milão.

O campeão do mundo está voltando mais cedo para casa. Dois empates, contra Paraguai e Nova Zelândia, e uma derrota, para a Eslováquia, são o saldo de Cannavaro, Buffon & Cia. na África do Sul. Pode parecer surpreendente, mas quem olhar um pouco mais de perto para a Itália vê que a tragédia não estava tão longe assim. Time veterano, lesões e até a Inter de Milão são culpados.



Um time de vovôs

Quem olha para a escalação da Itália na Copa do Mundo vê um time de veteranos. Cannavaro é o principal deles. O capitão italiano tem 36 anos e a idade pesou. Ele chegou à Copa do Mundo sem clube, dispensado pela Juventus, e esteve muito longe do jogador que brilhou em 2006. Além disso, a base da equipe é de "trintões": Zambrotta (33), Gattuso (32), Di Natale (32), Iaquinta (30). Sem contar Camoranesi (33) e os dois contundidos. Pirlo, que só entrou em campo aos 11 minutos do 2º tempo contra a Eslováquia, tem 31 anos. Buffon, que só jogou o 1º tempo da estreia, contra o Paraguai tem, 32.
Renovação no papel






Marcello Lippi até tentou, mas não conseguiu dar uma cara mais jovem ao time. Até convocou jogadores novos, como Marchisio (24), Montolivo (25), Criscito (23) ou Pazzini (25), ou nomes com menos experiência com a camisa italiana, como Pepe (26). Nenhum deles, porém, conseguiu assumir um papel de protagonista na seleção. Pepe, Criscito e Montolivo até foram titulares, mas o peso de carregar o time caiu nos ombros dos veteranos, que não corresponderam. Jogadores que poderiam ajudar, como Balotelli, da Inter de Milão, nem mesmo foram cogitados.

Jogadores-chave baleados

Se o time já não era aquela maravilha, o conjunto poderia ter feito a diferença. Duas lesões, no entanto, acabaram até com essa força. Buffon saiu do time logo no primeiro tempo da estreia, contra o Paraguai. E a defesa sentiu a falta de seu goleiro titular. A principal ausência, porém, foi Pirlo. O volante era a única fonte de criatividade no meio-campo italiano. Mas jogou menos de 45 minutos na competição. Lippi o manteve no grupo mesmo machucado e sonhava com sua recuperação plena nas oitavas de final. Mas não deu tempo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Suiça ganha, e sina de eliminações volta a assombrar a Espanha.


Suíça segura badalada Espanha, 'acha' gol e protagoniza primeira zebra da Copa.


No duelo de ataque contra defesa, a defesa levou a melhor. Com 11 jogadores atrás, a Suíça não só segurou a badalada linha ofensiva da Espanha, como também achou um gol na raça e venceu por 1 a 0. Assim, saiu a primeira zebra da Copa, e o estigma de ‘amarelão’ voltou a atormentar a Fúria.
O gol mais improvável desta primeira rodada da Copa não poderia sair de outra forma que não fosse o bate e rebate. Tudo começou com um chutão do goleiro no tiro de meta. Em poucos segundos a bola estava do outro lado, na área espanhola. Derdyiok dividiu com Casillas, a bola sobrou e o jovem Gelson Fernandes estufou a rede.
Do outro lado, a bola teimava em não entrar. O goleiro Benaglio fechou o gol, teve uma bomba de Xabi Alonso no travessão, um chute colocado de Iniesta que saiu a centímetros do gol... 23 tentativas de arremate sem sucesso.
O poderio defensivo helvécio fica comprovado pelos números. Em 2006, o país dos Alpes deixou o Mundial nas oitavas de final (nos pênaltis) sem levar um gol sequer. Agora, acumula cinco partidas em Copas sem ser vazado.
Durante o primeiro tempo, na formação considerada a mais moderna do futebol europeu, que varia do 4-5-1 sem a bola para o 4-3-3 no ataque, a Espanha se aproximava do gol adversário em bloco, com David Villa como referência, e os meios-campistas Andres Iniesta, David Silva, Xabi Alonso e Xavi no apoio.
Tiveram posse de bola, criaram, mas pararam em Benaglio. Ou enfeitaram no toque final, como aconteceu com David Villa aos 44min. Ele invadiu a área sozinho, mas preferiu driblar o zagueiro e dar um toque por cobertura, ao invés de chutar. Nesse lance, ficou evidente a carência de um matador - Fernando Torres 'esquentava' o banco, porque ainda se recupera de uma lesão no joelho.

Alemanha perde a invensíbilidade


Podolski assume papel de 'vilão' na derrota da Alemanha


O atacante alemão Lukas Podolski assumiu grande parte da culpa pela derrota por 1 a 0 da Alemanha contra a Sérvia, nesta sexta-feira, em Port Elizabeth. O jogador desperdiçou uma cobrança de pênalti no segundo tempo, fato que poderia resultar no empate para os alemães.

Apesar da derrota para a Eslovênia a Alemanha continua em primeiro lugar do se grupo com 3 pontos.

Juiz evita que os EUA de vença a Eslovênia


O árbitro Koman Koulibaly roubou a cena em Johanesburgo. Depois de sair perdendo por 2 a 0 para a Eslovênia, os Estados Unidos reagiram no segundo tempo, empataram o confronto e só não passaram à frente porque o juiz de Mali anulou um gol legal de Maurice Edu, aos 39 minutos do segundo tempo.
A atuação do árbitro revoltou os norte-americanos. Após o jogo, o atacante Jozy Altidore chegou a ir para cima de Koulibaly, e teve de ser contido por seus companheiros. O consolo para os Estados Unidos é que, com o resultado, a chance de classificação às oitavas ainda existe, após um primeiro tempo quase irreconhecível da equipe.

França esta perto de realizar novamente o fiasco de 2002.

Por que a França é o fiasco da Copa?



O atual fracasso francês na Copa do Mundo não pode ser considerado uma surpresa tão grande assim. A seleção campeã mundial de 1998 conseguiu a vaga para a Copa da África do Sul só na repescagem (e com aquele polêmico gol com passe de mão....), perdeu até para a China durante os amistosos preparatórios e não é segredo que nem os atuais jogadores da equipe levam o treinador Raymond Domenech muito a sério. No Mundial 2010, dois jogos, nenhum gol marcado, dois sofridos e última colocada do Grupo A. Como explicar o desastre francês.



Os erros começaram na convocação


Raymond Domenech decepcionou na convocação quando esqueceu o veterano meia Patrick Vieira, o meia Nasri do arsenal o goleador Karim Benzema, atacante do Real Madrid, e o atacante Trezeguet.








Nenhum padrão de jogo


A França joga no 4-4-2 ou no 4-3-2-1, mas Domenech não sabe escolher os jogadores corretos para cada posição. Contra o México, com o 4-3-2-1, o treinador optou pelo preguiçoso Anelka (foto) para jogar sozinho no ataque. Gouvou, que não tem perícia para conduzir a bola do meio-de-campo ao ataque, era o responsável por municiar Anelka. Ribery, sem referência, ficou perdido entre a entrada da grande área e as laterais do campo.




Onde está Thierry Henry?

Tudo bem, ele foi responsável por ter dado um passe com a mão para Gallas marcar o gol que garantiu a classificação da França em partida contra a Irlanda, pela repescagem das eliminatórias européias. O atacante ficou triste, pediu desculpas inúmeras vezes e até sugeriu a realização de um novo jogo. Mas Domenech resolveu puni-lo com o banco de reservas. Não participou da derrota para o México e só entrou no final durante o empate contra o Uruguai. Sem Henry, a França perdeu sua referência mais importante do setor ofensivo.











Substituições equivocadas

No banco de reservas, além do atacante Henry, Domenech tinha à sua disposição o habilidoso Djibril Cissé e o meia Yoann Gourcuff, conhecido como o "pequeno Zidane" pelo seu dribles e fácil domínio de bola. Mas quando a situação complicou na partida contra o México, o treinador francês resolveu colocar em campo dois atletas sem nenhuma experiência: André-Pierre Gignac (foto) e Mathieu Valbuena. Os dois foram para o jogo tremendo, não acertaram uma única bola e sairam de cabeça baixa.